![](https://radioolinda.com.br/wp-content/uploads/2024/12/rifle-vs-pistola-gel-blaster-beartac2-1024x576.jpg)
O uso de armas que disparam balas de gel, um brinquedo que vem ganhando popularidade na Região Metropolitana e em várias cidades do Brasil, tem levantado sérias preocupações na área da saúde, especialmente no cuidado com os olhos.
Nos últimos dias, a emergência da Unidade da Fundação Altino Ventura (FAV), localizada na Boa Vista, no centro do Recife, registrou um aumento significativo de atendimentos relacionados a traumas oculares causados por esses projéteis. Entre 30 de novembro e 3 de dezembro, 17 pessoas procuraram a unidade com queixas de dor e lesões nos olhos provocadas por balas de gel.
De acordo com a oftalmologista Dra. Camila Moraes, vice-coordenadora do Departamento de Cirurgia Refrativa da FAV, as lesões causadas por esses projéteis são graves e podem ter consequências irreversíveis. “O impacto das balas de gel pode causar rupturas nas camadas da retina, levando a descolamentos que podem ocorrer semanas após o trauma”, alerta a médica. Ela destaca ainda que esses casos podem comprometer permanentemente a visão, especialmente em crianças, com risco de cegueira irreversível.
As armas de balas de gel têm se popularizado com rapidez, sendo utilizadas em batalhas organizadas em espaços públicos. Apesar de serem feitas de polímero superabsorvente, que aparenta ser inofensivo, as balas podem causar danos severos ao atingirem áreas sensíveis, como os olhos. A crescente adesão a essa brincadeira reforça a necessidade de maior conscientização sobre os riscos envolvidos, sobretudo para proteger a saúde ocular dos praticantes.