Em um gesto carregado de simbolismo e humanidade, o Papa Francisco abriu, nesta quinta-feira (26), a segunda Porta Santa do Jubileu da Esperança 2025 no Novo Complexo Penitenciário de Rebibbia, em Roma. A escolha inusitada de uma prisão como local para esse importante rito reflete a mensagem central do pontífice: a esperança é um direito de todos, independentemente das circunstâncias.

Ao chegar à igreja do Pai Nosso, situada ao lado do presídio, o Papa explicou sua decisão com palavras tocantes: “Quis que a segunda Porta Santa fosse aberta em uma prisão para que todos, dentro e fora, pudessem abrir também as portas de seus corações e compreender que a esperança nunca decepciona”.

Com seis batidas firmes na porta, Francisco realizou o rito de abertura. Diferentemente da cerimônia na Basílica de São Pedro, no Vaticano, realizada na véspera de Natal, quando estava em uma cadeira de rodas, desta vez o pontífice atravessou a porta caminhando.

A cerimônia prosseguiu com uma missa especial, que contou com a participação de cerca de 300 detentos e familiares, enquanto mais 300 pessoas acompanharam do lado de fora. Durante a celebração, Francisco optou por deixar de lado sua homilia preparada e falou de forma espontânea, reforçando duas mensagens centrais: a esperança como alicerce inabalável e a importância de manter os corações abertos.

“O gesto de abrir as Portas Santas é belo, mas o mais importante é o que ele representa: abrir os corações. Corações endurecidos não permitem uma vida plena”, afirmou o Papa. Ele destacou ainda que a essência do Jubileu está na graça de se permitir ser tocado pela esperança.

Com esse gesto histórico, o Papa Francisco mais uma vez reafirma sua missão de levar a mensagem cristã para além das fronteiras tradicionais, iluminando lugares muitas vezes esquecidos pela sociedade e plantando sementes de esperança onde mais se precisa dela.