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Durante sua mensagem para o Dia Mundial da Paz de 2025, celebrada no dia 1º de janeiro, o Papa Francisco fez um forte apelo em defesa da dignidade da vida humana desde a concepção até a morte natural. Em suas palavras, o Pontífice destacou que o respeito à vida deve ser um compromisso central para toda sociedade, fundamentado no amor e na esperança.
“Faço apelo a um firme compromisso de promover o respeito pela dignidade da vida humana, desde a concepção até à morte natural, para que cada pessoa possa amar a sua vida e olhar para o futuro com esperança”, afirmou Francisco, reforçando um dos pilares fundamentais da doutrina social da Igreja Católica.
O compromisso com a vida: um chamado universal
Em sua mensagem, o Papa Francisco sublinhou que a promoção de uma cultura da vida é um desafio que transcende fronteiras religiosas e políticas. Ele destacou que a sociedade contemporânea muitas vezes marginaliza os mais frágeis, incluindo nascituros, idosos, doentes terminais e pessoas em situação de vulnerabilidade social.
Segundo Francisco, cada vida humana é um dom precioso que deve ser protegido com políticas públicas justas, sistemas de saúde acessíveis e apoio integral às famílias. Ele alertou para os perigos de uma “cultura do descarte”, que trata a vida como algo descartável quando deixa de ser considerada produtiva ou conveniente.
“Não podemos permitir que a dignidade da vida humana seja condicionada por critérios econômicos, ideológicos ou utilitaristas. Cada pessoa tem valor inestimável, independentemente de sua fase de vida ou condição de saúde”, declarou o Papa.
Respeito à vida e construção da paz
O Papa também destacou a relação intrínseca entre o respeito à vida humana e a paz mundial. Ele afirmou que não há possibilidade de construir uma sociedade pacífica enquanto houver desprezo pela dignidade da vida, seja no ventre materno, nos hospitais ou nas ruas das cidades.
“A paz verdadeira nasce quando cada vida humana é protegida e respeitada. A indiferença diante do sofrimento do outro e a negação do direito à vida são sementes de violência e injustiça”, enfatizou Francisco.
Compromisso global e responsabilidade compartilhada
O Pontífice chamou não apenas os líderes religiosos, mas também governantes, legisladores e cidadãos comuns, a serem protagonistas na promoção de uma cultura que respeite a vida em todas as suas fases. Ele destacou que políticas públicas devem ser elaboradas com base no respeito à dignidade humana e no apoio às famílias, especialmente às mais vulneráveis.
Além disso, Francisco pediu maior investimento em cuidados paliativos para doentes terminais, suporte às mães que enfrentam gravidezes difíceis e proteção para idosos que muitas vezes são abandonados ou negligenciados.
Um apelo à esperança
Ao concluir sua mensagem, o Papa Francisco deixou um apelo direto aos cristãos e a todas as pessoas de boa vontade: que cada um se torne um promotor da cultura da vida, começando pelos pequenos gestos do dia a dia, como acolher, escutar e cuidar dos mais frágeis.
“Neste novo ano, que possamos construir juntos um mundo onde cada vida seja amada, respeitada e protegida, desde seu início até seu fim natural. Só assim construiremos uma paz verdadeira e duradoura”, concluiu.
A mensagem do Santo Padre reforça o compromisso inegociável da Igreja Católica na defesa da vida humana, reafirmando seu papel como voz profética em um mundo frequentemente marcado pelo individualismo e pela exclusão. Em tempos de tantos desafios éticos e sociais, Francisco convida a humanidade a abraçar a vida com esperança, responsabilidade e amor.