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A partir desta segunda-feira (3), o sistema financeiro brasileiro inaugura o “bolepix”, um novo formato de pagamento que integra o QR Code do Pix aos tradicionais boletos bancários. A mudança, autorizada pelo Banco Central em dezembro de 2024, promete facilitar a vida dos consumidores ao oferecer uma alternativa mais rápida e prática, sem abandonar a familiaridade dos boletos.
Praticidade e agilidade combinadas
Antes, para pagar um boleto, era necessário escanear o código de barras utilizando a câmera do celular na área de pagamentos do aplicativo do banco. Agora, com o QR Code impresso, os usuários poderão realizar a leitura diretamente na seção destinada ao Pix nos aplicativos bancários. Segundo o Banco Central, a novidade trará “mais conveniência e agilidade” ao processo de pagamento, sem abrir mão dos avanços em segurança implementados nos últimos anos.
Instituições bancárias como grandes bancos e fintechs já vinham testando o modelo em caráter experimental, mas agora ele será ampliado para todo o mercado.
O que é o boleto dinâmico?
Outra inovação anunciada pelo Banco Central é o “boleto dinâmico”. Essa modalidade foi desenvolvida especificamente para pagamentos de dívidas vinculadas a títulos financeiros negociáveis, como as duplicatas escriturais. Com ele, quem efetuar o pagamento terá a opção de escolher a instituição destinatária dos recursos, garantindo que o valor vá diretamente para o credor legítimo.
De acordo com o relatório do Banco Central, a medida proporciona maior segurança, especialmente em casos de transações envolvendo títulos financeiros, já que elimina a necessidade de trocar o instrumento de pagamento, mesmo que o título tenha sido transferido de um comprador para outro.
Duplicatas e ativos iniciais
As duplicatas escriturais são um exemplo de como o boleto dinâmico pode ser útil. Esses títulos, vendidos no mercado para investidores, geram a necessidade de uma confirmação segura sobre a destinação dos pagamentos. O BC explica que o devedor poderá usar o mesmo boleto, seja em formato físico ou eletrônico, para garantir que o dinheiro chegue ao novo detentor dos direitos financeiros.
Neste primeiro momento, apenas recebíveis imobiliários e duplicatas escriturais estão habilitados para o boleto dinâmico. Outros ativos financeiros, como direitos de crédito de diferentes naturezas, dependerão de novas regulamentações e normas para serem incorporados ao sistema.
Implementação gradual
Embora o “bolepix” já esteja disponível, o boleto dinâmico ainda passará por uma fase de ajustes e testes. O Banco Central estabeleceu um prazo de até seis meses para que os sistemas de registro e suporte estejam plenamente desenvolvidos e aprovados. Até lá, as instituições financeiras terão tempo para adaptar suas plataformas e garantir a integração completa dessa nova modalidade de pagamento.
A expectativa é que essas mudanças contribuam para maior eficiência nos processos de pagamento e liquidação de dívidas, oferecendo tanto aos consumidores quanto às empresas mais opções e segurança nas transações financeiras.