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Um apelo que ecoa com intensidade reverbera por toda a nação. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em meio a um cenário crucial para os valores fundamentais, insta as paróquias de todo o país a se erguerem em solidariedade, unidas pela oração, em defesa da vida e em oposição à ADPF 442. Esta ação, que almeja a descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação, clama por um posicionamento enérgico e unificado.
A ADPF 442, cujo alcance pretende transformar a legislação sobre a interrupção voluntária da gestação no primeiro trimestre, coloca em foco a importância vital de cada vida desde a concepção. Com Rosa Weber, a presidente do Supremo Tribunal Federal, dando passos para a pauta avançar, a CNBB toma a liderança em uma convocação de impacto. Este é um momento que exige uma resposta coletiva, um chamado à consciência e à ação para preservar a sacralidade da vida humana.
Com argumentos éticos, morais e religiosos, a CNBB ressalta que a defesa da vida transcende qualquer debate político ou ideológico. Pela lente da fé e da humanidade, levanta-se contra qualquer postura que relativize ou desconsidere a vida, especialmente dos mais frágeis e vulneráveis. Como expresso na carta, “Não o fazer é associar-se à cultura de morte, que tudo relativiza e mercantiliza, inclusive a vida humana inocente.”
A convocação é clara e inspiradora. Em todas as Santas Missas do 2º Domingo do mês de agosto, um chamado à prece será lançado, clamando pela proteção das vidas dos pequeninos inocentes e rogando pelo não avanço da ADPF 442. Nesse instante crucial, o eco das palavras será acompanhado pela Oração do Nascituro, um gesto que simboliza a responsabilidade que cada ser humano tem em zelar pela vida desde o seu início.
A CNBB, além de convocar as paróquias à oração, direciona um pedido prático: a formação de Comissões de Serviço à Vida, dedicadas à promoção, defesa e cuidado da vida desde a concepção até o seu declínio natural. Esta ação tangível representa um compromisso contínuo com a vida, um compromisso que ultrapassa fronteiras religiosas e políticas.
No entanto, este apelo transcende as paredes das igrejas e ecoa em todo o país. A sociedade, independentemente de crenças individuais, é convocada a unir-se em um gesto de amor e proteção à vida humana. Em uma época de polarização, este chamado transcende divisões, apelando à humanidade compartilhada que reconhece a dignidade de cada pessoa.
O Brasil, nesta encruzilhada, tem a oportunidade de expressar sua voz coletiva pela vida, de defender a sacralidade e a dignidade do ser humano em todas as suas fases. Neste momento que exige reflexão profunda e responsabilidade compartilhada, a CNBB coloca uma semente de esperança no coração de todos, uma esperança que nasce da crença na força e no valor da vida humana. A pergunta que ecoa agora é: como responderemos a este apelo?