Recife celebra Dia de Reis com a tradição da Queima da Lapinha no Pátio de São Pedro

Foto: Marcos Pastich/PCR

Nesta segunda-feira (6), Recife encerra o ciclo natalino com a tradicional queima da Lapinha, uma celebração carregada de simbolismo que ocorre no histórico Pátio de São Pedro, no bairro de São José. O evento não apenas marca o fim das festividades natalinas, mas também abre, de forma oficial e simbólica, os preparativos para o aguardado Carnaval recifense.

A concentração para o cortejo terá início às 16h, na Rua Nova, em frente à Igreja de Nossa Senhora da Conceição dos Militares. De lá, o cortejo azul e encarnado seguirá pela Avenida Dantas Barreto, passando pela Igreja de Nossa Senhora do Carmo até chegar ao Pátio de São Pedro, onde acontecerá a queima simbólica da Lapinha.

O evento contará com a participação de 14 pastoris, três orquestras, blocos líricos, grupos de dança e passistas, que prometem emocionar o público ao consagrar ao fogo desejos e expectativas para o ano de 2025, com a promessa de um Carnaval histórico para a cidade.

Entre os pastoris confirmados estão: Estrela Brilhante, Giselly Andrade, Sereias Teimosas, Jardim da Alegria, Estrela Guia do Cabo, Estrela de Belém, Viver a Vida 3ª Idade, Rosa Mística dos Torrões, Estrela do Mar, Brincantear, Sonho de uma Adolescente, Estrela Celeste, Nossa Senhora do Rosário e Luz do Amanhecer. O desfile será embalado pelas orquestras Frevo Mix, 19 de Fevereiro e Mendes e sua Orquestra.

A festa culminará com os clarins de Momo, embalados pelo patrimônio vivo do Recife, o Bloco Pierrot de São José, além das apresentações vibrantes da Inclusão Cia de Dança e do Bloco das Flores.

Tradição e História

A prática da queima da Lapinha foi introduzida no Brasil pelos jesuítas no século XIX e mantém um forte vínculo com a religiosidade popular. Representando a manjedoura onde nasceu o Menino Jesus e simbolizando a visita dos três Reis Magos, a Lapinha é tradicionalmente feita de folhagens secas e incenso.

Antes da queima, o público é convidado a escrever pedidos em pequenos pedaços de papel, que são depositados na estrutura, simbolizando esperanças e votos para o ano que se inicia. Ao serem consumidos pelas chamas, esses desejos são entregues simbolicamente aos céus, espalhando bons auspícios para os novos ventos que chegam com 2025.

O Dia de Reis, com a queima da Lapinha, reafirma a importância cultural e histórica dessa tradição na cidade do Recife, unindo fé, cultura e celebração popular em um espetáculo único no coração da capital pernambucana.

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